terça-feira, 28 de julho de 2009
anseio
mais uma vez...
essa sensação de explosão iminente...
e apesar de silencioso,
esse ainda me é meu grito mais sincero.
todas essas horas que deixei e ainda deixo de estar ao seu lado,
transformo todas elas nessas linhas...
que não me saciam,
e continuo seca...
ansiando teu calor no meu nariz,
teu sopro no meu ouvido,
teu sangue em minha veia.
continuo esperando aquele dia
em que ao te olhar serei você.
e teu colo,
meu recosto...
meu descanso...
segunda-feira, 27 de julho de 2009
barquinho
amo o vento,
mas o leme me cansa.
a maresia me descansa,
mas me enjoa.
o infinito me empolga,
mas me apavora.
bom mesmo é dormir durante a tempestade.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
no berço

Mali, 1985. Sebastião Salgado
morri de sede no planeta água.
porque esqueci quem sou nós.
porque esqueci quem sou nós.
talvez não aprendemos quem sou.
porque na ida e na vinda,
perdi o onde e esqueci o porquê.
e pelo risco de encontrá-los,
me calaram nossos por quês.
e por ser um sem onde e sem porquê,
nessa ida e vinda sem volta,
morri de sede...
no planeta, na água, no berço.
caminho
terça-feira, 14 de julho de 2009
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